A primeira-dama, Janja da Silva, trancou seu perfil no Instagram, na última terça-feira (13), afirmando ter sido vítima de uma série de ataques misóginos. Com isso, apenas seus seguidores poderão ver o conteúdo que ela publica na rede social.
Em nota, Janja diz que as plataformas digitais “têm sido uma ferramenta cada vez mais utilizada para propagar o ódio e a misoginia”. Ela menciona dados do Observatório Nacional dos Direitos Humanos (ObservaDH) e da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos da Safernet, de 2017 a 2022, apontando que essa modalidade de violação foi a que mais cresceu entre os crimes de ódio praticados na internet.
“Os comentários no perfil da primeira-dama Janja no Instagram são um exemplo de como um grupo de pessoas acha que as redes sociais são uma terra sem lei, onde podem escrever ofensas livremente. Comentários que não são apenas machistas e misóginos o que, por si só, já seriam abomináveis. Mas comentários que muitas vezes possuem teor criminoso, que difamam, caluniam e ameaçam a segurança e integridade de Janja Lula da Silva”, diz Janja.
A primeira-dama afirma que a decisão de restringir o acesso à sua conta é temporária, visando “reforçar a moderação dos comentários em suas publicações, bem como de seus seguidores”.
Na mesma nota, Janja defende que as plataformas digitais sejam regulamentadas não só no Brasil, como globalmente. Ela prega que as redes se responsabilizem e punam os crimes cometidos dentro delas.
“Mas o que vimos nos últimos meses é um retrocesso. A própria Meta realizou mudanças nas Diretrizes da Comunidade, com medidas que mudam regras da empresa para combater a desinformação e o ódio, alterando especialmente diretrizes sobre gênero e deixando de punir criminosos”, aponta.
Ainda segundo Janja, novos seguidores continuarão a ser aceitos “e bem-vindos” na conta do Instagram.
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