Ethel teria solicitado a exoneração por fidelidade à ministra, quem a nomeou para a cadeira em Brasília, em 2023. Natural de Baixo Guandu, Região Noroeste do Espírito Santo, a cientista é referência na pesquisa de doenças infecciosas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu a ministra Nísia Trindade no dia 25 de fevereiro e a substituiu pelo secretário de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Nísia é a terceira ministra a ser demitida no Governo Lula.
Em uma publicação nas redes sociais, Ethel Maciel expressou a admiração pela ministra: “Minha gratidão vai além do reconhecimento pelo seu trabalho. Sua liderança e visão me inspiram profundamente”.
Com a mudança, a epidemiologista vai voltar a trabalhar na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), onde é professora titular do Departamento de Enfermagem e atuava antes de aceitar o cargo em Brasília, em 2023.
Na Ufes, Ethel foi vice-reitora no período de 2013 a 2020. Em 2019, foi eleita para o quadriênio 2020-2024 como a primeira mulher para comandar a universidade pela maioria dos professores, servidores, alunos da universidade e pelo Conselho Universitário. Mas a epidemiologista teve o nome preterido na lista tríplice apresentada ao governo federal e não foi nomeada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Mais sobre Ethel Leonor Noia Maciel:
Enfermeira graduada pela Universidade Federal do Espírito Santo – Ufes (UFES). Tem mestrado em Enfermagem e doutorado Epidemiologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Pós-doutorado em Epidemiologia na Universidade Johns Hopkins University. Foi coordenadora do Centro de Pesquisa Clínica no Hospital Universitário da UFES, do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva e do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da UFES. Atuou como vice-reitora da UFES de 2013 a 2020, tendo sido eleita como reitora para o quadriênio 2020-2024, mas teve a nomeação preterida pelo então presidente da República na época. Foi Presidenta da Rede Brasileira de Pesquisas em Tuberculose (REDE-TB). Participou do GT sobre a doença no Ministério da Saúde, na OMS e ainda do GT para eliminação da tuberculose nas Américas da OPAS/PAHO. Representou o Brasil na Rede Governamental de Pesquisa em Tuberculose dos países do BRICS. Integrou o Comitê Executivo da Rede Brasileira de Mulheres Cientistas. Desenvolve suas atividades de pesquisa no Campo da Saúde Coletiva, com ênfase em Epidemiologia, atuando principalmente nos temas de métodos epidemiológicos, epidemiologia de doenças infecciosas, análise de controle de epidemias (COVID-19, Zika vírus, febre amarela, Mpox) e no estudo da Tuberculose. Desenvolveu atividades de divulgação da ciência e combate a desinformação sendo colunista de ciência do jornal A Gazeta e comentarista da CBN Vitória. É Professora Titular da Universidade Federal do Espírito Santo e Bolsista de Produtividade em Epidemiologia do CNPq.
Com Informações Folha Vitória
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