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Cidades Laranja da Terra

Mais de 40 alunos recebem atendimento médico após uso compartilhado de agulha em aula no ES

Médicos destacam que o uso compartilhado de seringas e agulhas é um comportamento de alto risco para contrair doenças infecciosas como HIV e hepatite B e C.

18/03/2025 às 14h07 Atualizada em 19/03/2025 às 16h24
Por: Willian Jornalista
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Mais de 40 alunos recebem atendimento médico após uso compartilhado de agulha em aula no ES

Quarenta e três alunos de uma escola estadual de Laranja da Terra, na Região Serrana do Espírito Santo, foram encaminhados ao hospital para exames para diagnosticar possíveis infecções após uma atividade prática em sala de aula, onde uma mesma agulha foi utilizada para coleta de sangue. O caso ocorreu na última sexta-feira (14).

Os alunos pertencem a turmas de 2ª e 3ª séries do Ensino Médio e têm idades entre 16 e 17 anos. O professor de Química responsável pela aula foi demitido e o caso foi encaminhado para a corregedoria da Secretaria de Estado da Educação (Sedu). Segundo a secretaria, a atividade foi realizada sem a devida autorização da coordenação pedagógica. O nome da escola não será divulgado para preservar a identidade dos alunos.

Médicos destacam que o uso compartilhado de seringas e agulhas é um comportamento de alto risco para contrair doenças infecciosas como HIV e hepatite B e C.

Segundo relatos dos pais, os estudantes contaram que participaram de uma aula de Práticas Experimentais em Ciências, realizada com quatro turmas para demonstrar como descobrir o tipo sanguíneo de cada um.

Quando os pais souberam da atividade, ficaram apreensivos com possíveis consequências para a saúde dos filhos e procuram a escola e a polícia.

Após a realização dos exames e com a repercussão do caso, os adolescentes relataram que passaram a ser discriminados na escola pela possibilidade de terem sido infectados.

A Secretaria Municipal de Saúde de Laranja da Terra foi acionada e, diante da demanda, o médico plantonista do hospital e a Vigilância Epidemiológica do município para iniciar o protocolo de testagem, ainda na sexta-feira (14).

Os alunos e o professor passaram por testes de diagnóstico para doenças infecciosas. Até a publicação desta reportagem, todos os resultados deram negativo.

Nesta segunda-feira (17), foi realizada uma reunião com pais e estudantes da escola, com a presença de representantes da Secretaria Municipal de Saúde, para maiores esclarecimentos sobre o caso.

A Sedu informou que, por protocolo, os alunos serão acompanhados pela secretaria e que vão repetir os testes em 30 dias.

Compartilhamento de agulha não é recomendado

De acordo com a médica infectologista Ana Carolina D'Ettores, o compartilhamento de agulhas é um comportamento de alto risco que pode expor os paciente a doenças potencialmente graves como a Aids/HIV, hepatite C, hepatite B, além de infecções bacterianas.

"O recomendado é sempre que não se reutilize nem no próprio paciente a mesma agulha. Toda agulha que é utilizada por qualquer pessoa deve ser descartada após o uso. E claro, antes de utilizar a área que terá o contato com a agulha precisa ser higienizada e descartada de forma coleta, para o tip de lixo específico apenas para material biológico", destacou a médica.

Além disso, a infectologista pontuou que os jovens que ficaram expostos a esse compartilhamento precisam ter acompanhamento médico com exames de sangue regulares em 30, 60 e 90 dias para observar se alguma doença vai se manifestar.

O que dizem as autoridades

A Sedu informou que os alunos estão bem e frequentando as aulas normalmente. Todos os 44 estudantes foram submetidos a testes rápidos de diagnóstico de infecção, com resultados negativos para todas as doenças testadas. Inclusive, na manhã desta terça-feira (18), estão sendo realizados testes complementares para testar a imunidade contra hepatite B e C. Em relação ao professor, o contrato foi encerrado, e o caso encaminhado para a corregedoria da Sedu.

Para garantir o acompanhamento adequado dos estudantes, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) e a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) realizaram uma reunião para definir os protocolos a serem seguidos. Os alunos serão submetidos a novos testes em 30 dias. Além disso, a escola promoveu um encontro com pais e alunos, para prestar esclarecimentos.

A atividade de observação de células sanguíneas ministrada por um professor de Química foi realizada sem a devida autorização da coordenação pedagógica. Assim que a Sedu tomou conhecimento do ocorrido, todas as medidas necessárias foram imediatamente adotadas.

A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) informou que, assim que foi acionada, fez contato com a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo, que orientou sobre os protocolos e medidas a serem adotadas na ocasião.

Os atendimentos foram prestados pelas equipes do Hospital Municipal de Laranja da Terra e da Unidade Básica de Saúde da sede.


Todos os atendidos estavam em boas condições de saúde, sem apresentar sintomas incomuns ou agravantes. A Secretaria Municipal de Saúde segue acompanhando o caso de perto prestando apoio aos alunos e familiares.

Já a Polícia Civil informou que o caso seguirá sob investigação da Delegacia de Polícia de Laranja da Terra. Detalhes da investigação não serão divulgados, no momento.

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