A PRF (Polícia Rodoviária Federal) iniciou nesta segunda-feira (24) uma operação ininterrupta no KM 82 da rodovia BR 259, entre as cidades de Baixo Guandu e Colatina, noroeste do Espírito Santo, para manter a ordem no local e a garantia da determinação do Departamento Estadual de Infraestrutura de Transportes (DNIT), sobre a proibição da passagem de veículos pesados na Ponte do Fontinelle sobre o Rio Doce.
Interditada para passagens de veículos pesados desde o último dia (13) sem aviso, a determinação tem sido alvo de muitas reclamações de condutores que trafegam diariamente sobre a Ponte do Fontinelle. Condutores de veículos pesados que vêm sentindo Baixo Guandu a Colatina reclamam que não há sinalização viária anterior avisando sobre a interdição, fazendo com que os mesmos retornem por quase 20 km até o trevo de acesso à ES 446 para Itaguaçu, para pegar um desvio. Caminhoneiros que seguem no sentido contrário estão desviando sentido ES 165, passando por um trecho de estrada de chão e pontes estreitas e danificadas até chegarem ao distrito de Santo Antônio do Norte, em Aimorés–MG, para novamente acessar a BR 259. Porém, de acordo com o DNIT, esta rota não é oficial e recomendada pelo órgão para desvio, pois o tráfego destes veículos está danificando outras pontes, como é o caso da Ponte Mauá, inaugurada em 1981, desde então sem manutenções, e que nos últimos dias apresentou trincos em sua estrutura devido o fluxo intenso de veículos pesados. Condutores de veículos pesados também reclamam sobre a determinação de liberarem a passagem na ponte para o transporte de ônibus escolares, sendo que os mesmos podem variar o seu peso entre 16 a 36 toneladas, e o determinado pelo DNIT, foi a proibição de passagem de veículos acima de 3,5 toneladas sobre a estrutura construída para interligar dois pontos da Rodovia Federal.
Por outro lado, condutores de veículos leves reclamam que estão sendo muito das vezes surpreendidos ao passar pela ponte e se depararem com carretas e caminhões na pista de rolamento, principalmente no período noturno, ocasionando sempre quase uma colisão frontal entre os condutores. Conforme os motoristas, muito das vezes os profissionais no local que deveriam fazer o controle dos veículos sobre a passagem pela ponte, os “PARE e SIGA”, não estão no posto de serviço, ou estão dormindo, e há relatos também, de que estes profissionais estariam recebendo dinheiro de alguns condutores para deixarem as carretas e caminhões passarem na Ponte.
O que diz o DNIT:
Segundo um representante da Autarquia Federal, caminhoneiros e carreteiros não estariam respeitando a ordem de parada dos profissionais destinado ao controle dos veículos sobre a ponte, e passando por ela, colocando demais condutores em risco.
A previsão das obras de manutenção da Ponte do Fontinelle, de acordo com o DNIT, é de 180 dias (6 meses).
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